A poesia
tem muitos infinitos.
Tem todos os segredos,
significados
e sentidos.
Tem milhões de olhos,
bocas,
narizes
e ouvidos.
Tem milhares de corpos,
almas
e espíritos,
reunidos.
Bilhões de flores,
frutos,
troncos,
sementes,
folhas
e raízes,
generosamente
distribuídos.
Tem invisíveis amoras,
invencíveis bananas,
impensáveis castanhas,
imperdíveis abóboras e nozes.
Também tem
velhos,
recém-nascidos,
crianças
e moços.
Silêncios,
sussurros,
gritos,
vozes,
gemidos
e alvoroços.
Tem,em si,
todos os lagos,
rios,
cascatas
e mares.
Todas as montanhas,
desertos e
planícies -
todos os lugares.
Tem todas as inovações
e mesmícies.
Tudo que é comum,
e todas as esquisitices.
Todas as uniões e solterices.
Tem eternos deuses,
santos, demônios
e pecadores.
E também
efêmeros amores,
perenes alegrias e prazeres,
lágrimas e dores.
Tem inúmeros insetos,
bichos e feras.
Florestas inteiras,
casas,
selvas,
lares,
relvas -
e jardins.
A poesia tem tudo.
Tem todos.
Inclusive o nada e o ninguém.
E tem a mim também.
segunda-feira, 15 de março de 2010
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