que me ensina
a sobreviver
dentro da cidade.
A receber lixo e esgoto,
mas continuar,
alheio a toda maldade.
Que me ensina a seguir
cantando e dançando
rumo ao mar,
sem importar
quando vou chegar.
A brilhar
faça frio
ou calor,
chuva ou sol,
noite ou dia.
Caminhos largos
ou estreitos,
vales ou montanhas.
Alimentando,
por onde anda,
matas
e seres,
sem nada esperar
deles.
A ele,
que me ensina a
me firmar no solo
e ainda assim
flutuar...
A ser todo superfície
e todo,
profundidade.
Que me ensina a
ser suave e forte,
vencendo as formas,
ampliando limites,
abraçando os
obstáculos,
preenchendo
vazios e buracos.
A ele,
poesia
e prece,
canção e
dança
que jamais se cansa,
meu eterno amor
e admiração.
Rio,
deságua nesta alma
que inveja tua expressão.
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