liberdade

liberdade
voar,voar...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

FEITIÇOS

Poesias, ondas que chegam devagar, cheias de delícias, cheias de carícias... E vão ficando cada vez mais profundas, mais bravias - imensas como o mar... Poesias são feitiços de amor feitos pra nos levar. Udar —

POETISA EU SOU

Não tenho tempo nem talento pra me envolver em confusão, pra viver de roldão, pra investir mais no que penso do que no que diz meu coração. Não tenho saúde, nem disposição pra bancar o que não sinto, pra não priorizar o que de fato quero, pra reclamar da vida que eu mesma gero. Não tenho vontade, nem coragem pra criar castelos de areia em minha curta viagem; pra fazer aliança com corpos e almas apenas crianças, insistindo numa eterna imaturidade. Não tenho a mínima intenção de dar pro mundo de fora, a maior parte de minha atenção. De agradar sicrano ou beltrano, convencer este ou aquele também. Vivo me ocupando com meu agora, tecendo aqui mesmo, sem ninguém ficar sabendo, o meu além. Não tenho dons , nem qualidades pra seguir servindo á decadência da nossa própria humanidade - pra fingir decência, mentindo e massacrando continuamente as minhas verdades e a minha própria consciência. Tenho sim, assumo e admito, os pensamentos e sentimentos de uma poetisa, porém com a alma no consciente, o consciente no infinito e o infinito no presente. Udar

VICE-VERSOS

Eu sempre parto ao encontro do amor como quem já chegou. E vice-versa. E vice-versos... Lilian Udar

COMO ANDO

Ando assim, entretanto, perto do riso e longe do pranto... fora do juízo e dentro do encanto. Ando assim, me distribuindo, portanto, por enquanto, para tantos... Ando assim, sim! Sem sequer sair do meu canto Udar —

CADA MOMENTO

A mente no coração, o coração no infinito... e o infinito em cada momento. Udar

ALMA

Poesia é alma cantando, dançando, pintando, amando, em pausa e silêncio. É alma se revelando, sem medo, sem segredo, plena e serena, toda em gratitude. Poesia é alma. E essa é a única virtude Udar —

O SOLTAR DAS MÃOS

À um amor que se foi: O tempo passou e você não viu. A estrada mudou, a lua se despediu. O mundo girou, o sol se abriu e tudo clareou: novas percepções, novos sentimentos e sensações. Os passos mudaram de direção, os pássaros entoaram uma nova canção. O coração se feriu, a alma pediu perdão. O vácuo foi preenchido, o buraco, tapado. Na rua, outras pessoas também caminham. Como eu, mudaram de roupa, sangraram suas dores enterraram seus amores e a vida continua. No dentro, zelo e cuidado. Amor vivido é amor curado. O céu é sempre azulado. Ninguém a meu lado. Alguém a minha espera? - quem dera! Em qualquer esquina há possibilidade de uma nova rima. Poesia é remédio, eu diria. É a loteria dos que não jogam. Mas ganham porque a sentem e, por ela, se atiram.. Amor, o que restou? Flores ou espinhos? Ambos, talvez. Agora a resposta não importa. A agonia da dúvida está morta. Sigamos adiante! Amaremos sim, melhor doravante. Amor, solte minha mão que anseia por escrever. Solte suas promessas e as minhas. Porque, em mim, a liberdade caminha também por entre as linhas. É tarde... Desperte! A poesia é sozinha, breve, leve. E seu horizonte, tão bonito, quanto infinito. Udar —

QUANTOS PEDAÇOS

Em quantos pedaços se parte um coração? Em quantos estilhaços voam seus sonhos e suas canções? Quando, de novo, se aninharão? Em que chão? Por quantas direções se espalham seu afeto? Que mãos estranhas o acolherão? Não é preciso buscar as respostas . Elas virão! Só é necessário coragem para sentir a dor da própria indagação. Udar —

MUDANÇAS DE PERCEPÇÕES

Antigamente eu chamava de vazio qualquer oportunidade aparente de profundidade. Hoje, chamo de profundidade qualquer vazio que surge diante ou distante da aparente realidade. Udar —

OUTONO-INVERNO

É outono-inverno também no meu coração. Mil folhas secas caem pelo chão. Outras, por ainda mais um tempo permanecerão presas, acolhidas... Assim é a Vida! A paisagem sou eu... Vivendo intensamente cada estação! UDAR

TEORIA E PRÁTICA

Que rumos estranhos às vezes a vida toma, e às vezes nós a ela ditamos. Sonhamos coisas que jamais vivemos e vivemos coisas que jamais sonhamos. Somos levados de roldão por uma situação e levamos, imperceptivelmente ou não, conosco, uma multidão. Que sentimentos novos nos movem, sacodem, envolvem, evolvem. Que emoções diferentes e diversas nos possuem, tomam, roubam, exercem. Somos quem jamais pensávamos ser, pensaríamos ser. Somos capazes de coisas gigantes e infinitas, horrendas e bonitas. Somos grãos de areia e somos montanhas, estrelas. Somos aquilo que as surpresas nos tornam também. Somos o insurgir do novo, a ressurreição da fé, a construção da força, a humilização do corpo-mente-alma... Somos o que o espírito edita em nós. através e apesar de nós, por nós, por todos, pra nós, pra todos. Na teoria, na prática e na poesia Udar —

POEMINHA

Amor, tanta vontade me deu de lhe escrever uma poesia pequenina, que escrevi - Começa assim e assim termina: 'EU" Udar

ONTÉM

Ontém, não sei quem me amou, nem quem amei. Não sei se perdi ou se ganhei Se me deixaram ou se fui eu quem parti. Se mais sofri ou mais sorri. Não contabilizei. Ontém? Não existe mais no meu calendário. Esvaziei seu armário- e abri lugar para a paz. Feliz ou infeliz - foi, fui, fiz. Por dever ou por direito. Qualidade ou defeito. Só guardo o hoje, a realidade. Foram-se os valores, os amores e as dores. Sem saudades nem rancores. Sem pastas de arquivos, sem problemas a serem resolvidos. Sem culpas, sem dilemas e sem conflitos. Não há nenhum velho eu outrora definido. Não há baús entopidos com roupas e coisas de antigamente e nem fotografias repletas de nostalgias. O ontém passou simplesmente. Para sempre. Sem dilemas, devagar, levou tudo e todos que tinha que levar. Não ficaram vellhas escolhas, velhos princípios, padrões, ideais,utopias ou referenciais. Ficaram apenas poesias - porque essas nunca pesam demais. Udar —

SEGREDO

Seguir sendo. Sem cedo, sem tarde, sem tempo. Dentro: o silêncio, o segredo e a chave. Udar —

sábado, 3 de agosto de 2013

ACREDITAR É TUDO

EU ACREDITO EM MILAGRES Acredito em milagres por todos os olhares, por todos os lugares. Acredito em milagres visíveis e invisíveis, pequenos e grandes, aos montes e aos milhares... Acredito no milagre do amor, da simplicidade, do carinho, da amizade. No milagre da doçura e da bravura, da coragem e do perdão. Do sim e do não. Do eu, do você e do nós. Do um e do dois. Do antes, do agora e do depois. Acredito no milagre do que ainda ninguém pensa, sente, pode, tenta ou sabe. No milagre dos sonhos e de sua realização. Dos encontros e da comunhão. No milagre do partilhar, compreender e acolher, dar e receber, crescer e se renovar, perceber e amar. No milagre da paz, da serenidade, da ternura e da beleza, da essência e na autenticidade - na infância, na adolescência e na maturidade. Acredito nos milagres das lágrimas, dos gritos e dos gemidos. Da dor, do silêncio e da solidão. Dos conflitos e da sua resolução. Nos milagres dos quais só o amor é capaz de gerar. No milagre dos relacionamentos e de sua plenitude, além das distâncias e do tempo... Do diálogo que se faz também em quietude. Da presença que fica, apesar da solitude. E da harmonia que só junto se cria. Acredito nos milagres da multiplicação dos gestos de bondade, dos afetos e da generosidade. Nos milagres de todo aquele e tudo aquilo que se mostra, se arrisca, se solta e se abre... No milagre das coisas que não se vendem nos mercados, que não se consome aos borbotões... No milagre do pequeno, do frágil e do delicado - suavemente plantado em nossas almas e corações. Acredito no milagre do novo, do singelo e da reciclagem - Do feio se tornando belo, do velho sendo transformado, dos olhos aprendendo a ver muito além da imagem... No milagre dos caminhos ampliados e de tudo que é sentido, vivido, permitido, transcendido e transmutado, entre duas almas apaixonadas e dois corpos entrelaçados. Nos milagres escondidos nos aparentes fracassos. Nas maravilhosas e cotidianas produções do anonimato. Na grandiosidade dos que ousam dar os primeiros passos... Acredito no milagre da alegria, do prazer, do ser... De quem se procura, se abriga, se constrói, se encontra e se cura. Se expande e se expressa. Sem vaidade e sem pressa. No milagre da arte do universo e suas insondáveis loucuras, suas infinitas e inimagináveis possibilidades... Sobretudo, acredito no milagre dos seres que, sem fugir da sua realidade, que se tornam e se "formam" doutores em sua própria autoridade, em sua própria felicidade . NÓS, os arautos de uma nova humanidade!!! EU ACREDITO EM MILAGRES! SEMPRE! Nos milagres internos e externos fugazes e eternos de cada novo dia, de cada novo gesto, de cada novo espaço, de cada nova poesia! Udar

RICA

Não tenho dinheiro no Banco e nem jóias guardadas. Tenho no peito, entretanto, a preciosidade, o tesouro e o encanto das coisas sentidas, vividas, distribuídas e compartilhadas. Amor, carinho, poesias, versos e mais nada.

ESTRADA

Abro caminhos por onde ninguém foi, porque caminho EU SOU! Udar

LIBERDADE

O pássaro livre não marca horário para vir na minha janela. Não promete voltar, nem tenta ficar. Às vezes só me olha, às vezes só canta. Às vezes entra e à vezes foge. Vem livremente buscar seu alimento- e me lembrar de colocá-lo. Depois torna a voar. O pássaro livre sempre vem - pra me libertar também. Ud

CONSCIÊNCIA

Sim Sem Som Sino Sono Sina O Sagrado Silêncio onde tudo começa, onde tudo termina. UdaR

CASA

Ando pela sala carregando na mente a minha mala. Entro na cozinha e dialogo com ela sozinha. Vou ao banheiro e a esvazio por inteiro. Volto pro quarto, esqueço a viagem e me deito . Depois de alguns segundos, volto pro mundo: vou ao quintal e rego as plantas com o meu natural. Verifico a agenda - coisas demais e espontaneidade de menos. Não vou me obrigar a fazer tanto - a vida não é isso. E viver é meu compromisso. Que alguém me compreenda. Me sento num canto, e sinto. E sou. Sou toda casa, toda quietude e toda movimento: aberta à eternidade de cada transformação, fase e tempo. Com portas e janelas. Piso, paredes e teto. Porém, habito mais no seu abstrato do que no seu concreto. Sou casa que com os olhos não se percebe, não se vê, não se concebe, não se recebe. Que com os pés não se anda. Ando pelas ruas dessa minha vida- avenida-casa-poesia. Respirando, compondo, compartilhando... Este dia: casa-universo que me abraça, espera, cria e inspira! Udar