liberdade

liberdade
voar,voar...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

NOVO DIA, NOVO COMEÇO

Um novo dia está nascendo...
recém saído da escuridão da noite...
Lindo, leve,silencioso e sereno.
Abarcando tudo que vem pela frente.

Novo dia.
Presente.


Tudo lentamente clareando.
Os pássaros começando a cantar...

Sente-se a vibração do ar.

Maravilhoso presente
é acordar de madrugada
Presenciar essa sublime e singela
transformação.

Maravilhoso
respirar a pureza desse dia.
Amanhecer junto à sua
suave poesia.

Reverenciar a natureza.
Renovar o coração.

Ser um com ele.
Ir com ele até o fim.
Até um novo começo
dentro de mim.

sábado, 17 de abril de 2010

INTERVALOS

Há tantas coisas
pra me distrair:
preocupações, medos,
informações, técnicas,
desejos,negações,
culpas,religiões,
crises, conflitos,
sonhos,
desilusões...

Há tantas coisas
pra me divertir:
sexo, relacionamentos,
sucesso pessoal,
bebidas, alimentos,
imagem, prestígio social,
passeios,
compras,consumismo
conversas,cultura,
viagens, turismo...

Há tantas coisas
pra eu fazer...
trabalhos, planos,
cuidados, visitas,
exercícios ,cursos,
cirurgias,
artes,
esportes,
terapias...


Há tanta coisa
pra eu aprender,
ensinar,
transmitir,
compartilhar,
ouvir,falar,
ler,escrever,
organizar,
acumular,
desfazer,
decidir,
resolver,
descobrir,
compreender,
expressar...

Há tantas coisas,
tantas coisas,
onde me perco,
me escondo,
me minto,
deturpo,
penso,
sinto,
confundo,
me identifico...

Há tantas,
tantas coisas...

Coisas, coisas,
coisas demais...

E entre
todas elas,
justamente
nos intervalos:
ah...a verdade,
a vida,
o silêncio,
a tranquilidade,
a felcidade,
a paz!!!






domingo, 11 de abril de 2010

NADA RETORNA

A vida
me surpreende!
Eu, os outros,
somos
surpreendidos e
surpreendentes,
sempre!

Os minutos
me chegam
diferentes
de tudo que imagino.
Saõ livres,
independentes,
descontrolados,
incontidos!

As emoções,
pensamentos,
ações
seguem
caminhos
tortuosos,
desconhecidos...
sem script
nenhum.

Não importa
o quanto eu ore,
chore,
trabalhe,
ame,
crie,
cresça,
seja feliz,
sofra,
cante
ou grite...

Tudo
se
transforma...
Tudo muda.
Nada retorna.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

DESILUSÃO

Ah,
quando chega a desilusão ...
Sim,é triste!
É solitário!
É doloroso!
Despedaça nosso coração!

Mas é imprescindível!

Como é maravilhoso,
então,
o falso amor...
nos obriga,
ainda que seja
de forma invisível,
através da dor,
a sair da mentira,
da ilusão!!!

Nos faz parar de sonhar,
imaginar, divagar,
pensar...
Nos faz tropeçar,
escorregar e cair
no mais fundo do poço -
chamado de realidade-
se ferir,
chorar,
mas, enfim, ACORDAR!

Dar de cara com o muro,
com o lado escuro,
da verdade.

Como é bom
aprender a sofrer...
sofrer sem desespero,
sem exagero,
sem culpa,
sem desculpa,
sem revolta,
sem escolta,
sem doutores,
sem lenitivos,
sem salvadores...

Como é bom sentir
o sabor real,
natural,
da vida...

E quando
a desilusão se vai,
um dia,
leva também
a parte mais
velha e mais sofrida :
a parte iludida,
que não vivia.

E deixa muito mais
luz,
poesia
e paz.

NOVA FORMA

Primeiro
aprendi a amar as estrelas.
Depois o luar.
Depois,
aprendi a amar a noite,
seu silêncio,
seu jeito de respirar.

Aos poucos
fui aprendendo
a conhecer
e amar as noites
dentro de mim
e dos homens.
A noite
dentro do próprio amor.

E fui aprendendo
uma nova forma de
anoitecer e amar.




VOU SAIR

Vou abrir minhas janelas
antes que a tarde acabe.

Tirar as cortinas
dos meus olhos
e ver todo amor
que me cerca
e me alegra.

Vou assistir o sol
e reverenciar seu brilho
antes que a noite chegue
e o espetáculo mude.

Não vou resistir
a sair...

Vou deixar a casa
toda aberta
e não me importar
se alguém me roubar.

Não vai levar nada.

Carrego tudo
de valioso
no olhar

Nesse olhar
que não me vê
fora do que vejo,
que não tem
nenhum desejo.

Nesse olhar
que vive,
livre,
a se encantar.

Vou sair
e
nunca mais
vou voltar.


quinta-feira, 8 de abril de 2010

ESPAÇO É POESIA

Entre as estrelas
bailam
espaços imensos-
como bailam
os espaços
entre meus pensamentos.

Entre nós também
bailam mundos
que parecem infinitos -
como bailam
profundos
meus momentos
mais bonitos.

Entre as folhas
daquela árvore,
tão próxima,
vejo as estrelas,
os espaços,
os pensamentos,
os mundos,
o profundo
e você.

E
entre tudo que vejo,
baila
nua
e sem desejo,
a poesia.
Nem minha,
nem sua.

Companheira invisível e
silenciosa
do olhar,
do sentir,
do ar,
do existir.









sábado, 3 de abril de 2010

ALGUMAS VÊZES

Algumas vêzes
a noite chega mais cedo,
o dia
rapidamente
se esvazia,
a solidão
brilha entre as estrelas,
a dor
chega mais tarde,
pra vê-las,
e
então,
a poesia
docemente
se anuncia.

Algumas vêzes
o sono
nos embriaga,
o sonho não tarda
e ,
nele,
a vida,
devagar,
divaga
e
se extravia.

Algumas vêzes,
a profundidade
nos alçança,
nos enlaça,
e ,
finalmente,
entreabre as
portas de
nossa alma-criança,
e ali,
realmente,
nos acha.

Algumas vêzes
a realidade
se aproxima,
nos chama,
nos sacoleja
e nos reanima.
Nos mostra e
nos revela,
dentro dela,
a imortalidade -
algo que sempre recomeça
justo onde pensamos
que termina.

E,
algumas vêzes,
inesperadamente,
o amor nos acena,
de longe,
de muito longe...
e ,de repente,
não se sabe como,
ele
vem,
nos toma,
invade,
abraça
e beija....
e
nunca mais
nos deixa.