liberdade

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ONTÉM

Ontém, não sei quem me amou, nem quem amei. Não sei se perdi ou se ganhei Se me deixaram ou se fui eu quem parti. Se mais sofri ou mais sorri. Não contabilizei. Ontém? Não existe mais no meu calendário. Esvaziei seu armário- e abri lugar para a paz. Feliz ou infeliz - foi, fui, fiz. Por dever ou por direito. Qualidade ou defeito. Só guardo o hoje, a realidade. Foram-se os valores, os amores e as dores. Sem saudades nem rancores. Sem pastas de arquivos, sem problemas a serem resolvidos. Sem culpas, sem dilemas e sem conflitos. Não há nenhum velho eu outrora definido. Não há baús entopidos com roupas e coisas de antigamente e nem fotografias repletas de nostalgias. O ontém passou simplesmente. Para sempre. Sem dilemas, devagar, levou tudo e todos que tinha que levar. Não ficaram vellhas escolhas, velhos princípios, padrões, ideais,utopias ou referenciais. Ficaram apenas poesias - porque essas nunca pesam demais. Udar —

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