sábado, 3 de agosto de 2013
CASA
Ando pela sala
carregando na mente
a minha mala.
Entro na cozinha
e dialogo com ela
sozinha.
Vou ao banheiro
e a esvazio
por inteiro.
Volto pro quarto,
esqueço a viagem
e me deito .
Depois de alguns segundos,
volto pro mundo:
vou ao quintal
e rego as plantas
com o meu natural.
Verifico a agenda -
coisas demais
e espontaneidade
de menos.
Não vou me
obrigar a fazer
tanto -
a vida não é isso.
E viver é meu compromisso.
Que alguém
me compreenda.
Me sento num canto,
e sinto.
E sou.
Sou toda casa,
toda quietude
e toda movimento:
aberta à eternidade
de cada
transformação,
fase e tempo.
Com portas e janelas.
Piso, paredes e teto.
Porém, habito mais no
seu abstrato
do que no seu concreto.
Sou casa que com
os olhos não se percebe,
não se vê,
não se concebe,
não se recebe.
Que com os pés não se anda.
Ando pelas ruas dessa
minha vida- avenida-casa-poesia.
Respirando,
compondo,
compartilhando...
Este dia:
casa-universo que me
abraça,
espera,
cria
e inspira!
Udar
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