Ontém,
tirei uma ferpa minúscula
do meu dedo-
sem muito mistério
ou segredo.
E fiquei a pensar:
como algo tão pequeno
pode tanto doer
e atrapalhar ?
A ponto
de não me deixar escrever,
lavar louça,
varrer,
pintar...
Fiquei imaginando
quantas ferpas podem
haver nas maãos
e nos dedos
do meu coração -
disfarçadas de medos-
e como as poderia tirar?!!
Elas me machucam e ferem
com total discrição,
e mal as consigo localizar.
Onde estarão???
Ás vêzes, entraram sem querer,
há muito tempo,
em qualquer ocasião,
com ou sem intenção,
por qualquer razão,
com ou sem
meu consciente
conhecimento.
E atrapalham,
impedem
a destreza do meu amor,
da minha ação,
da minha consciência ,
da minha realização.
Ferpas -
até no nome são pequenas.
Mas se você
não as tirar....
sabe-se lá
o tempo que vão ficar...
Fisicamente,
o organismo absorverá
depois de alguns dias...
Mas o coração,
orgão máximo da sensibilidade,
sede da alma,
não absorve assim,
tão natural,
elas não...
Ele nos chama,
grita,
reclama
e chora ,
à nossa individual
responsabilidade.
Vão ficando,
ferindo,
machucando...
com ou sem permissão,
com ou sem compreensão,
com ou sem perdão.
Tirar uma a uma
é nosso direito
e é nossa
própria obrigação!
Todos os dias!
Todas as horas!
Sempre!
Pra executar com leveza
e prazer
nosso próprio SER!
E tranquilamente,
tão somente,
VIVER!!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
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