No lugar do cio,
o vazio.
Onde minha paixão
se deita?
Onde se perde,
se derrama,
se deixa?
O lugar que era mar,
virou rio.
Onde havia sol,
hoje há sombra demais.
Não há mais música,
nem divisão-
só perdão e paz.
Perdi meu par.
Mas não me perdi
do amar.
Seu rosto
sumiu no deserto.
Mas seu coração
bate em mim,
silencioso e perto.
Respiro a poeira
do que foi e do que ficou.
E o amor que restou
ainda sobra em mim.
No lugar do êxtase,
hoje, há medo.
No lugar do começo,
um fim.
Não importa.
Não quero saber.
Estou no meio.
E dentro é a porta.
A coragem é a nudez.
A confiança, a luz.
O resto a verdade
dita e conduz...
em segredo,
sem devaneios.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
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Belíssimo poema!
ResponderExcluirEstou no meio.
E dentro é a porta.
"A coragem é a nudez.
A confiança, a luz.
O resto a verdade
dita e conduz...
em segredo,
sem devaneios"
Bom domingo poetisa
abçs
Adriana