felicidade

A felicidade nunca é tardia,
nunca fere a paz:
traz tranquilidade e harmonia,
leveza, beleza,
riqueza e alegria-
e nunca é demais!

Faz a gente brincar,
cantar,
compor,
dançar,
fazer amor,
fazer amigos,
encarnar poesia.

Ela pode demorar pra chegar,
pode durar pouco
e também pode retornar
a qualquer momento,
com ou sem alguém.
Pode roubar a razão e
criar um louco do coração.
Pode jogar fora o pensamento,
aprofundar o sentimento,
consolar qualquer dor,
qualquer lamento,
sem nada pedir ou cobrar.
Pode encher nossa vida de cor,
colocar uma borboleta em nossa flor,
um riso, um sorriso ou uma gargalhada,
repentina ou
contínua,
em nosso interior.

Ela pode ser pequena,
mas cresce se for vista,
sentida,
observada,
alimentada
e também amada.
Aí não vai fácil embora,
fica pra sempre,
serena,
no agora.

Pode até partir,
pra nossa revolta,
mas volta!
Volta quando
a gente se solta...

É só abrir de novo a porta,
ou olhar pela janela,
ver com os olhos dela
e pintar de novo a vida-
que só finge que está quase morta,
com novas rimas,
novos prismas
e milhões de aquarelas.
Todas divertidas.

É só se esvaziar
até transbordar.

Só desfrutar...
desfrutar o Ser
e deixar que ele faça
o que de fato quer fazer.

No meu caso,
escrever.

Felicidade
em mim,
vai deixando de lado
a tal personalidade,
ego , identidade-
familia, cultura,
sociedade,
tudo enfim-
e vai fluindo em doce e íntima liberdade,
se transformando numa fonte,
que vai derramando,
derramando,
derramando
derramando...
inundando
a realidade.